terça-feira, outubro 05, 2010

Quando eu morrer batam em latas, chamem palhaços e acrobatas. A um morto nada se recusa, grita em versos tristes Mário de Sá-Carneiro.


Fim

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir.

Mário de Sá-Carneiro
(1890-1916)

Mais sobre Mário Carneiro em
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_de_S%C3%A1-Carneiro

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