quinta-feira, setembro 03, 2009

Mário de Sá-Carneiro sente saudades da morte, quer dormir, ancorar. Cada um para o seu fim, cada um para o seu norte...


Vontade de dormir


Fios d'ouro puxam por mim
A soerguer-me na poeira -
Cada um para o seu fim,
Cada um para o seu norte...

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- Ai que saudades da morte...

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Quero dormir...ancorar...

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Arranquem-me esta grandeza!
- Pra que me sonha a beleza,
Se a não posso transmigrar?

Mário de Sá-Carneiro
(1890-1916)

Mais sobre Mário de Sá-Carneiro em
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_de_S%C3%A1-Carneiro

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