quarta-feira, novembro 07, 2007

Thiago de Mello sente a doçura que sabe a sal no mar azul do peito. Peito onde o amor sofre a pena malferida de ser tão grande e ser tão imperfeito.


Janela do amor imperfeito

Alta esquina no céu, tua janela
surge da sombra e a sombra faz dourada.
Já não me sinto defronte dela,
me chega doce o fel da madrugada.

Atrás dela te estendes alva e em sonho
me levas desamado sem saber
que mais amor te invento e que te ponho
sobre o corpo um lençol de amanhecer.

Doce é saber que dormes leve e pura,
depois da dura e fatigante lida
que a vida já te deu. Mas é doçura

que sabe a sal no mar azul do peito
onde o amor sofre a pena malferida
de ser tão grande e ser tão imperfeito.

Thiago de Mello

Mais sobre Thiago de Melllo em

http://pt.wikipedia.org/wiki/Thiago_de_Mello

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