terça-feira, outubro 02, 2007

Para Mário Quintana, a vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, passaram 60 anos...


Seiscentos e sessenta e seis


A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente...

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.

Mário Quintana
(1906-2004)

Mais sobre Mário Quintana em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mario_Quintana

3 comentários:

Anônimo disse...

AMO TD Q VEM DE MARIO QUINTANA. TÃO SENSIVEL, ATUAL, EMOCIONAL E VERDADEIRO DIZ OQ QUALQUER UM DE NÓS PODERIA DIZER PQ SENTE PQ É UM SER HUMANO...

Samadhi: disse...

ufa! até que enfim, fico feliz que alguém publicou o poema de Quintana certinho, sem qualquer distorção. Não aguentava mais aquela versão gospel do 666, um poema idiota que chamam vida e que não tem mais a sexta feira, ela virou quinta. Parabéns!

John D. Godinho disse...

Life is a lot of school assignments
to be done at home.
Before you know it,
it’s already six o’clock.
There’s time…
Before you know it,
it’s already Friday…
Before you know it,
sixty years have gone by!
Now, it’s too late to flunk out…

If, some day, I were given
another chance,
I wouldn’t even look at a clock.
I’d keep moving,
always moving ahead,
discarding along the way
the useless golden
shells of the hours…

Mario Quintana
(translated by John D. Godinho)
Six hundred and sixty-six in Time’s Hiding Places